Título: Agências prevêem aumento de receita
Autor: Eliane Sobral
Fonte: Valor Econômico, 17/06/2005, Empresas &, p. B1

Os negócios em torno da Copa do Mundo agitam o mundo publicitário e as empresas de promoção começam a tirar do forno as primeiras campanhas relacionadas ao tema. O presidente da Bullet, Fernando Figueiredo, calcula que o faturamento de sua empresa de marketing promocional vai aumentar 30% neste ano, só por conta dos trabalhos que fará vinculados à Copa do Mundo. E o clima é de otimismo, segundo ele. "Desde o começo do ano, já recebemos pelo menos quatro consultas para trabalhos relacionados ao mundial. Um recorde, comparado ao movimento de Copas anteriores". Apesar da derrota para a Argentina por 3 a 1, há duas semanas, Figueiredo acredita que a campanha da Seleção Brasileira na fase das eliminatórias, e até o horário em que os jogos acontecem, perto da hora do almoço, explicam em parte a movimentação antecipada das empresas. "Além disso, com o dólar em baixa, ficou muito mais fácil levar torcedores brasileiros ao mundial", diz. O problema, com este tipo de ação, é que a empresa precisa se preparar com muita antecedência. "Há uma série de burocracias que precisam ser vencidas, antes de embarcar o torcedor, como cuidar de transporte, hospedagem." Na TopSports, empresa de marketing esportivo que desenvolve programas de interatividade, a perspectiva não é menor. "Numa projeção conservadora, acredito em aumento de uns 30% no nosso faturamento em 2005, só por conta das ações que vamos desenvolver para Copa do Mundo", diz Leonardo Cesar, diretor executivo da TopSports que, entre seus clientes tem empresas tradicionalmente ligadas ao patrocínio do futebol, como Gillette e Embratel que iniciou em maio passado sua primeira promoção com o "21 na Copa". Cesar diz que ainda é cedo para detalhar as ações de marketing, mas antecipa que o uso da interatividade do celular para promoções será a grande vedete do próximo mundial. O presidente da Ogilvy , Sérgio Amado também aposta que vai reforçar, entre 5% e 10%, o faturamento de sua agência com as campanhas de Copa do Mundo. "É uma excelente oportunidade para a publicidade, principalmente para pequenas e médias agências." O diretor comercial da DPZ, Daniel Barbará tem uma explicação peculiar para a antecipação das campanhas em até um ano antes do evento. "Quem quiser ganhar com o tema Copa do Mundo que faça suas apostas agora porque garantia mesmo a gente só tem que o Brasil cumpre e primeira fase. Depois disso, ninguém pode garantir", diz ele que tem em seu portfólio de clientes o Banco Itaú, a Coca Cola e a Credicard, tradicionais anunciantes no futebol da TV Globo. (ES)