Título: Da receita da TAP, 25% vêm dos vôos para o Brasil
Autor: Vanessa Adachi
Fonte: Valor Econômico, 25/10/2004, Empresas, p. B-2

O Brasil torna-se um mercado de crescente importância para a TAP, a companhia aérea portuguesa. Neste ano, as operações entre Brasil Portugal devem gerar 300 milhões de euros, representando 25% do faturamento total, pelas estimativas de seu presidente, o brasileiro Fernando Pinto. Ex-presidente da Varig e há quatro anos no comando da companhia portuguesa, Pinto ampliou a rede de vôos para o Brasil, principalmente em direção ao Nordeste. Atualmente, são 38 vôos semanais (comparado a 14 da Varig) e neste ano já transportou cerca de 500 mil passageiros entre os dois países. Pinto acredita que o movimento aumentará a partir de março do ano que vem, quando a TAP estará integrada de vez na Star Aliance e ampliará sua cooperação com a própria Varig para a distribuição de passageiros no Brasil. Por sorte, diz o executivo, o número de passageiros tem crescido de maneira geral neste ano, atenuando o impacto do custo do querosene. O gasto com o combustível passou de 10% para 15% de todas as despesas da companhia, totalizando 180 milhões de euros neste ano (60 milhões a mais). A TAP é uma empresa do Estado português e Pinto tem contrato com a companhia até o final deste ano. Mas deverá continuar no cargo. Ele quer participar do processo de privatização da companhia, que começou pelo setor de atendimento de passageiros. Agora, a decisão a ser tomada é se a privatização será de uma vez ou parcial. Pinto diz que não há discussão sobre eventual fusão, como foi o caso há quatro anos com a então Swissair, companhia que estimulou o governo português a contrata-lo para por ordem na empresa.