Título: Região asiática liderou o consumo com 5,2%
Autor: Patrícia Nakamura
Fonte: Valor Econômico, 04/07/2005, Empresas, p. B9

A expansão da economia asiática puxou para cima os índices de produção e consumo de petróleo em 2004, de acordo com o "BP Statistical Review of World Energy", organizado anualmente pela British Petroleum. A região Ásia-Pacífico foi responsável por 28,9% da demanda mundial, o equivalente a 23,4 milhões de barris diários. Registrou também a maior alta de consumo em todo o mundo, da ordem de 5,2%. Os Estados Unidos, que consomem 25% do petróleo extraído no mundo, tiveram crescimento de 2,8% na demanda. Enquanto isso, a alta na China foi de 15,8%. A China foi responsável por um consumo de 6,68 milhões de barris diários. A média de extração no ano passado foi de 80,2 milhões de barris por dia, 4,5% superior em comparação ao ano passado (o equivalente a 3 milhões de barris). Foi o maior crescimento anual desde 1976, período que antecedeu o segundo choque do petróleo. O Oriente Médio, responsável por quase um terço da produção mundial, expandiu sua extração em 6,4%, enquanto na África, o aumento foi de 10,1%. Na América do Sul e Central, que produzem 8,8% do petróleo do mundo, houve um acréscimo de 6,2%, alcançando 6,7 milhões de barris ao dia. Destaca-se no relatório da BP o desempenho da Venezuela, que passou a produzir quase 3 milhões de barris por dia. A demanda em crescimento fez com que as empresas utilizassem 87% de sua capacidade de refino (de um total de 84 milhões de barris por dia), o mais alto índice dos últimos 25 anos. Os maiores incrementos ocorreram na Ásia, Europa, na América do Sul e na Rússia. O estudo da BP também mostra o lento crescimento das reservas provadas. Enquanto entre 1984 e 1994 elas cresceram 33,6%, nos últimos dez anos houve um aumento de apenas 16%. Atualmente, o potencial provado dos campos somam 1,18 trilhão de barris. (PN