Título: Grupo quer eliminar subsídio à exportação em cinco anos
Autor: Assis Moreira
Fonte: Valor Econômico, 11/07/2005, Especial, p. A12

O G-20 detalhou também sua proposta para eliminar os subsídios a exportação agrícola em cinco anos: 60% no primeiro ano de implementação do acordo, 20% no terceiro e o resto até o final do período. O prazo de cinco anos foi reforçado na semana passada pelo presidente Bush. Mas a UE resiste e fala em "menos de dez anos". Por sua vez, a negociação industrial continua em ambiente de pessimismo. Nesse caso, o Brasil tem posição oposta à ambição liberalizante em agricultura. Na sessão de negociação industrial, semana passada, em Genebra, não houve manifestações de "alto nível de ambição" nem sequer do lado dos países pró-liberalização. Ao invés de "aproximações de posições", constatou-se endurecimento de todos os lados. Na discussão sobre uma formula para reduzir as tarifas de importação de produtos industriais e bens de consumo, o Brasil acusou a UE de arrogância, inflexibilidade e de ameaçar com o retorno ao protecionismo. Os europeus retrucaram que "´não vão aceitar nunca" uma ambição seletiva nessa negociação, pela qual alguns países cortariam suas tarifas e outros não fariam nada para abrir os mercados. Na mesma linha, os EUA indicaram estar alarmados com "gente demais estar falando de não querer participar da liberalização". Seis propostas de fórmulas para cortar tarifas estão na mesa de negociação industrial. Mais países pequenos e de baixa renda buscam exceções: querem cortar menos tarifa que os outros, ter períodos maiores de implementação e nenhuma redução de alíquota sobre produtos de valor estratégico para suas economias. Países latino-americanos, como Colômbia e Peru, manifestaram preocupação com essas propostas. Alegam que nova categoria de países poderia ser criada com menos compromissos em relação a outras em situação similar. Na negociação de serviços, o confronto também se ampliou. O comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, indicou que vai pressionar em Dalian para que os países aceitem uma espécie de formula nessa negociação. Assim, se comprometeriam com um nível mínimo de liberalização por setor. (AM)

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