Título: Produção industrial brasileira cresce em 13 regiões e recua no RS
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 13/07/2005, Brasil, p. A3
A produção industrial brasileira cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio, na comparação com igual mês do ano passado. A exceção ficou por conta do Rio Grande do Sul, que registrou o quinto resultado negativo consecutivo. Em maio, o Estado apurou queda de 2,4%. Amazonas (24,6%), Paraná (13,5%), Ceará (7,2%), São Paulo (6,3%) e Minas Gerais (5,5%) alcançaram taxa de crescimento acima ou igual à média nacional, de 5,5%. Abaixo da média ficaram Pará (4,4%), Santa Catarina (3,5%), Espírito Santo (2,2%), Nordeste (1,9%), Rio de Janeiro (1,5%), Goiás (1,4%), Pernambuco (0,9%) e Bahia (0,4%). Também no acumulado de janeiro a maio, todos os Estados - com exceção do Rio Grande do Sul - mostraram crescimento. A taxa mais elevada no desempenho regional no ano foi registrada no Amazonas (18,1%). A expansão foi impulsionada, sobretudo, por material eletrônico e equipamentos de comunicações (especialmente telefones celulares e televisores). A indústria automotiva alavancou no acumulado do ano o desempenho das indústrias de Santa Catarina (7,3%), Minas Gerais (7,2%) e Paraná (6,5%). O aumento na produção de bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos) tem se beneficiado do desempenho favorável das exportações e da manutenção da grande oferta de crédito no mercado interno. Nos primeiros cinco meses do ano, a produção paulista cresceu 5,8%, impulsionada pelas indústrias farmacêutica e de máquinas e equipamentos. Goiás teve expansão de 6,1%, devido às exportações de soja. Nordeste (5,9%) e Pará (5%) registraram bons resultados, respectivamente, com alimentos e bebidas e minério de ferro. O aumento da produção industrial do Ceará foi um dos destaques do levantamento do IBGE. O indicador mensal - 7,2% em maio na comparação com igual mês de 2004 - apontou crescimento em nove das dez atividades industriais pesquisadas. A maior influência positiva veio de vestuário (22,6%), devido, principalmente ao aumento na fabricação de vestuário para uso profissional e calças compridas para uso feminino. Houve crescimento também nos setores de produtos químicos (28,9%) e minerais não-metálicos (30,9%), impulsionados, respectivamente, pela maior produção de oxigênio e vacinas para medicina veterinária; e cimento e ladrilho. No acumulado no ano, a produção industrial cearense assinalou aumento de 6,8%, com incremento em sete dos dez setores investigados. Nos últimos 12 meses, o crescimento da indústria cearense atingiu 13,5% . No Rio Grande do Sul, o único Estado com produção em queda, as principais pressões negativas vieram dos setores de máquinas e equipamentos, produtos químicos e produtos de metal, que registraram recuo na produção de máquinas para colheita, semeadores, polietileno de baixa densidade e peças de metal. (Agências noticiosas)