Título: Exportador reduz expectativas, diz CNI
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 22/07/2005, Brasil, p. A2

A queda nas expectativas dos exportadores foi o que mais impressionou os economistas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), responsáveis pela Sondagem Industrial relativa ao segundo trimestre de 2005. O recuo foi de 54,9%, em abril, para 45,9%, em julho. Trata-se do primeiro índice negativo desde outubro de 98. "O índice permanece positivo para o grupo de empresas exportadoras, mas o dado aponta dificuldades para manter o rigor do desempenho exportador nos próximos seis meses", afirma boletim divulgado ontem pela CNI. O levantamento mostra também que as empresas apresentaram sensível arrefecimento no ritmo de produção no encerramento do primeiro semestre. Os indicadores de produção, faturamento e emprego recuaram frente ao mesmo trimestre do ano anterior. O indicador do desempenho do emprego no segundo trimestre marcou 48,8 pontos. O resultado indica contração no mercado de trabalho industrial sobre os três meses anteriores, uma vez que ficou abaixo dos 50 pontos. Nos primeiros três meses do ano, o índice ficou em 49,2. No período de abril a junho de 2004, marcou 52,8. No caso das grandes empresas, registrou-se queda de 5,2 pontos na comparação com o mesmo trimestre de 2004, alcançando 50,6 pontos. De janeiro a março, o índice foi igual a 52,2 pontos. Quanto às pequenas e médias, o indicador ficou em 47,8 pontos, após marcar 51,3 pontos em igual intervalo do ano passado e 47,7 pontos nos três primeiros meses de 2005. O indicador de produção no segundo trimestre ficou em 48,9 pontos, o que representa queda em relação ao resultado do primeiro trimestre. A queda na produção foi registrada por 10 dos 17 setores de atividade pesquisados. O faturamento também caiu pela segunda medição seguida, ao registrar 48,4 pontos. No primeiro trimestre, o índice ficou em 43,9. E apontou 56,2 pontos na sondagem referente ao intervalo de abril a junho de 2004. De acordo com a publicação, os ramos que apresentaram queda nesse item foram mobiliário, madeira e couros e peles. Quanto ao porte das empresas, as grandes registraram 53 pontos nesta medição, patamar superior ao verificado no primeiro trimestre (47,7 pontos), mas abaixo dos 62,4 pontos dos mesmos três meses do ano passado. Entre as pequenas e médias empresas, o indicador ficou em 46,1%, após registrar 42 pontos e 53 pontos, respectivamente. (Agências noticiosas)