Título: Produção industrial medida pelo IBGE aumenta em 13 regiões no 1º semestre
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 11/08/2005, Brasil, p. A3

A produção industrial do primeiro semestre cresceu em 13 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparativamente ao mesmo período de 2004. Houve retração apenas no Rio Grande do Sul, de 3,1%. A queda foi puxada pela menor produção de máquinas e equipamentos agrícolas, por causa da estiagem que atingiu o Sul do país no início do ano. A expansão nos Estados do Amazonas (20,2%), Paraná (8,0%), Minas Gerais (7,7%), Goiás (6,9%), Santa Catarina (6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará (6,1%) e Pará (5,2%) ficou acima da média nacional, que foi de 5% no período. Nessas regiões, destacaram-se a produção de telefones celulares, automóveis, soja, carrocerias para caminhões, medicamentos, calças compridas femininas e minério de ferro. Cresceram abaixo da média as regiões Nordeste (4,6%), Espírito Santo (3,2%), Bahia (2,3%) e Pernambuco (1,9%). Do primeiro para o segundo trimestre deste ano, a pesquisa do IBGE destacou que houve aceleração no ritmo da produção industrial em 9 das 14 regiões analisadas. Nos três primeiros meses de 2005, a expansão média nacional foi de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, a taxa aumentou para 6,1%. Por região, as maiores variações nas taxas entre os dois trimestres ocorreram no Amazonas (14% para 25,6%), Paraná (4,8% para 11,1%) e Goiás (de 3,8% para 9,8%). Na comparação entre junho deste ano e igual mês de 2004, houve aumento de atividade em 9 das 14 regiões: Amazonas (29,8%), Paraná (15,9%), Goiás (10,6%), Minas Gerais (10,4%), São Paulo (8,0%), Pará (6,5%), Ceará (2,5%), Santa Catarina (2,5%) e Pernambuco (1,0%). Houve queda na produção do Rio (-1,5%), Nordeste (-1,6%), Bahia (-2,2%), Rio Grande do Sul (-2,2%) e Espírito Santo (-2,7%). O destaque positivo no mês de junho foi o Estado do Amazonas, por causa dos resultados dos segmentos de material elétrico e equipamentos de comunicações (59,3%), alimentos e bebidas (32,6%) e outros equipamentos de transporte (26,5%). De acordo com boletim do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o desempenho da indústria amazonense em junho "é um indicador do bom momento da categoria de bens consumo duráveis dentro da indústria nacional". Segundo o Iedi, o crescimento do crédito ao consumo entre 2004 e 2005 e o aumento das vendas ao exterior fazem com que os bens de consumo duráveis sustentem o bom resultado da indústria no período. (Agências noticiosas)