Título: Governo vai cortar R$ 172 milhões em despesas com viagens e diárias
Autor: Arnaldo Galvão
Fonte: Valor Econômico, 12/08/2005, Brasil, p. A4
O governo federal determinou um corte de R$ 172,8 milhões nas despesas com viagens e diárias de funcionários e autoridades. Essa é a ordem da Portaria Interministerial nº 236, publicada na edição de ontem do "Diário Oficial da União" e assinada pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Fazenda, Antonio Palocci. Segundo informação da assessoria do Ministério do Planejamento, o valor autorizado para essas despesas em 2005 caiu de R$ 847,7 milhões para R$ 674,8 milhões. Em 2001, o governo federal gastou R$ 607 milhões com despesas de viagens e diárias. Em 2002, elas aumentaram para R$ 670 milhões e em 2003 caíram para R$ 579 milhões. No ano passado, esses gastos chegaram a R$ 801 milhões. De janeiro a junho, foram empenhados R$ 469,5 milhões nesse tipo de despesa, dos quais R$ 270 milhões já foram pagos. Faltam R$ 199,5 milhões. As atividades de polícia e fiscalização, que não podem poupar com deslocamentos, ficaram preservadas desse corte determinado por Paulo Bernardo e Palocci. Portanto, policiais, fiscais e auditores federais terão todos os R$ 180 milhões previstos para despesas com viagens neste ano. O mesmo não ocorreu com outros ministérios. O Ministério da Saúde, por exemplo, teve sua verba de viagens para 2005, prevista em R$ 136 milhões, reduzida para R$ 79,4 milhões. A autorização para o Ministério da Educação também caiu de R$ 110 milhões para R$ 89,8 milhões. O Ministério da Fazenda sofreu um pequeno corte: de R$ 38,1 milhões para R$ 32,6 milhões. O Gabinete da Presidência da República também terá de poupar. Suas despesas com deslocamentos neste ano terão de diminuir de R$ 40,3 milhões para R$ 25,6 milhões. O Ministério da Previdência tinha previsão orçamentária, neste ano, de R$ 59 milhões. Foi reduzida para R$ 40,9 milhões. O Ministério da Defesa sofreu um corte de apenas R$ 1,3 milhão. Mas o Ministério da Agricultura teve corte de quase 50%, com as verbas diminuindo de R$ 40 milhões para R$ 21,1 milhões.