Título: Camex reduz imposto de importação para defensivos e adubos
Autor: Alda do Amaral Rocha
Fonte: Valor Econômico, 12/08/2005, Agronegócios, p. B11

O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou ontem a redução das tarifas de importação para defensivos agrícolas e fertilizantes. A solicitação foi feita pelo Ministério de Agricultura numa tentativa de reduzir custos na agricultura após a crise que afetou o setor. Segundo Antônio Carlos Costa, diretor de assuntos comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, pela decisão o imposto de importação para defensivos que têm produção regional (Mercosul) cairá de 14% para 10%. No caso daqueles em que não há produção regional, a tarifa de importação cairá de 8% para 4%. O imposto é maior no caso dos defensivos em que existe produção regional como uma forma de proteger as indústrias locais. Costa afirmou que a decisão ainda terá de ser aprovada pelo Grupo Mercado Comum, do Mercosul, que vai se reunir em duas semanas em Montevidéu, no Uruguai. Já a decisão que reduziu de 4% para 2% a tarifa de importação para fertilizantes é definitiva e entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial da União. Costa disse que a medida vem num momento importante para a agricultura e terá impacto nos custos de produção. Ele observou que em algumas culturas defensivos e fertilizantes chegam a corresponder a 45% do custo de produção. Antônio Donizeti Beraldo, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), comemorou as medidas e observou que as importações têm um custo anual de US$ 1,5 bilhão no caso de fertilizantes e US$ 2 bilhões nos defensivos.