Título: Petrobras lucra R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre, alta de 49%
Autor: Claudia Schuffner
Fonte: Valor Econômico, 16/08/2005, Brasil, p. A2
A Petrobras teve lucro líquido de R$ 4,939 bilhões no segundo trimestre, ligeiramente abaixo dos R$ 5,021 bilhões registrados nos primeiros três meses do ano e menos que a expectativa do mercado, que era de cerca de R$ 6 bilhões. Comparado ao mesmo período de 2004, quando teve lucro de R$ 3,299 bilhões, o ganho da estatal cresceu 49%. No semestre, a estatal contabiliza lucro de R$ 9,951 bilhões, resultado recorde que supera em 40% o lucro do primeiro semestre de 2004 (R$ 7,091 bilhões). A receita operacional líquida no trimestre foi de R$ 32,359 bilhões, elevando para R$ 62,256 bilhões a receita operacional do semestre, enquanto as despesas operacionais somaram R$ 4,844 bilhões. Já o lucro operacional (antes da receitas e despesas financeiras, da equivalência patrimonial e impostos) foi de R$ 9,576 bilhões, acima dos R$ 8,789 bilhões do primeiro trimestre. Comparada com outras companhias petrolíferas, a estatal ocupa a 7ª posição em receita. O lucro operacional antes do resultado financeiro, da equivalência patrimonial acrescido da depreciação e abandono de poços (Lajida) foi de R$ 11,809 bilhões no segundo trimestre, também maior que os R$ 10,448 bilhões do trimestre anterior, elevando para R$ 22,293 bilhões o lajida do primeiro semestre de 2005. Entre os destaques do balanço apontados pela companhia em nota divulgada ontem à noite, estão o crescimento da produção nacional, que aumentou em 308 mil barris somente com a instalação das plataformas P-43 e P-48. Com elas a estatal conseguiu bater em junho três vezes o recorde de produção, fechando o mês com média de 1,755 milhão de barris/dia. No segundo trimestre, a produção de petróleo e líquido de gás natural (LGN) foi de 1,897 milhão de barris/dia. No semestre, a produção média soma 1,802 milhão de barris, 10% maior que no primeiro semestre de 2004, enquanto a produção de gás natural na Bolívia aumentou 4%. A produção total de derivados, tanto no Brasil como no exterior, foi de 1,767 milhão de barris/dia no segundo trimestre, o equivalente a 83% da capacidade nominal de refino no país. A estatal destacou que se tornou exportadora líquida de petróleo e derivados no segundo trimestre, quando teve exportações líquidas de 148 mil barris/dia, o que permitiu que registrasse superávit comercial de US$ 900 milhões.