Título: Em julho, renda cresce pelo segundo mês
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 30/08/2005, Brasil, p. A3

A taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país ficou estável em julho, em 9,4%, o menor nível desde o início da série histórica, em março de 2002. A renda do trabalhador ficou em R$ 968,30, crescimento de 2,5% em relação a junho, o segundo mês seguido de recuperação. Na comparação com julho de 2004, o rendimento subiu 1,6%. A avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a queda do desemprego em junho indicava que não existiam sinais de aquecimento do mercado de trabalho e que havia uma migração de parte significativa da população desocupada (em busca de trabalho) para a inatividade, a chamada população não economicamente ativa. Em julho, no entanto, a população desocupada permaneceu estável na comparação com o mês anterior. O número de pessoas em busca de trabalho chegou a 2,1 milhões. Segundo a pesquisa, 47,3% da população ocupada cumpria, em julho, uma carga de trabalho de 40 a 44 horas semanais e 34,0% trabalhava mais de 45 horas semanais. Em média, segundo os dados da pesquisa, 67,4% dos trabalhadores nas seis regiões pesquisadas trabalhavam em seu emprego havia pelo menos dois anos; 11% entre um ano a menos de dois anos; 19,6% entre um mês e um ano; e apenas 2% estavam naquele emprego havia menos de um mês. O rendimento médio real cresceu 2,5% em relação a junho e 1,6% na comparação com julho do ano passado e chegou a R$ 968,30. Em relação a junho, houve recuperação em todas as regiões metropolitanas: Recife (4,8%), Salvador (3,3%), Belo Horizonte (1,3%), Rio de Janeiro (2,1%), São Paulo (3,0%) e Porto Alegre (0,5%). A recuperação foi maior entre os trabalhadores por conta própria, que tiveram alta de 4,60% no rendimento. Os trabalhadores formais registraram aumento de 1,40% e chegaram a R$ 979,10. Já os informais, que têm o menor nível de rendimento, tiveram queda de 0,5% e ganharam em média, R$ 629,40.