Título: Demanda por registros cresceu nos últimos meses
Autor: Sérgio Bueno
Fonte: Valor Econômico, 24/08/2005, Empresas &, p. B6
Segundo a Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, só no Estado o número de registros de armas emitidos pulou da média mensal de 201 de janeiro a maio para 1.577 em junho e 1.624 em julho. Nos sete meses, o volume acumulado chegou a 4.208, ante apenas 345 no mesmo período de 2004, ano em que entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento, que ampliou as exigências para a aquisição de armas de fogo pelos cidadãos e aumentou de R$ 60 para R$ 300 a taxa de emissão do registro. Os números da PF embutem o recadastramento de armas que até o fim de 2003, antes da criação do estatuto e do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) pela lei 10.826, eram registradas na Polícia Civil numa média de 2.186 por mês naquele ano. "A venda mais acentuada nesses meses era previsível", afirma o coordenador de comunicação da superintendência gaúcha da PF, Roberto Janisch. De acordo com ele, as pessoas que estão comprando são aquelas que já têm "opinião formada" e consideram-se no direito de manter uma arma em casa para defesa própria. Também é possível verificar o crescimento na procura em São Paulo, onde entre janeiro e abril, foram apresentados 350 pedidos de registros. Em maio esse número subiu para 647 e atingiu, em junho, a marca de 1.266 pedidos. Em julho esse número caiu para 592, mas ainda ficou acima da média do início do ano. A Polícia Federal da Bahia informou apenas que foram emitidos 1.887 registros de armas no primeiro semestre, mas não soube informar a movimentação mensal. (SB com Natalia Gómez, de São Paulo, e Patrick Cruz, de Salvador)