Título: Lucro semestral da Caixa amenta 50%
Autor: Mônica Izaguirre
Fonte: Valor Econômico, 31/08/2005, Finanças, p. C8

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido recorde de R$ 937 milhões no primeiro semestre de 2005, desempenho que superou em 50,2% o de igual período do ano passado. O resultado do balanço foi anunciado ontem pelo vice-presidente de controladoria, João Dornelles, e decorre, principalmente, do aumento da receita com operações de crédito. A receita de intermediação financeira cresceu quase R$ 1 bilhão, saindo de R$ 10,75 bilhões para R$ 11,72 bilhões na comparação dos semestres. Aí incluídas, só as relativas a operações de crédito aumentaram cerca de R$ 743 milhões, subindo de R$ 2,66 bilhões para R$ 3,4 bilhões, ressaltou o vice-presidente. Os ganhos proporcionados pela aplicação em títulos públicos ainda são maiores que os de crédito. Mas apresentaram crescimento menor, subindo de R$ 6,28 bilhões para R$ 6,73 bilhões. As despesas de intermediação financeira, por sua vez, chegaram a R$ 7,01 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, ante R$ 6,74 bilhões do primeiro semestre de 2004. Com isso, o resultado bruto da intermediação foi de R$ 4,70 bilhões, cerca de R$ 700 milhões acima do verificado em igual período do ano passado. A receita de tarifas também cresceu. O fluxo, neste caso, saiu de R$ 2,216 bilhões para R$ 2,468 bilhões, na comparação dos semestres. O balanço divulgado ontem exibiu ainda um patrimônio líquido de R$ 6,77 bilhões ao fim de junho. Do lucro apurado no semestre, 65% vão ser capitalizados e 35% repassados como dividendos ao Tesouro Nacional, acionista único do banco federal. Em abril, já foram antecipados ao Tesouro R$ 500 milhões, informou o vice-presidente da Caixa. Dornelles projeta para 2005 inteiro um lucro líquido entre R$ 1,7 e R$ 1,8 bilhão. Em 2004, o banco apurou um resultado positivo de R$ 1,42 bilhão aproximadamente. O vice-presidente da Caixa diz que o lucro do primeiro semestre de 2005 é conseqüência, sobretudo, do esforço de expansão do banco. A abertura de novas agências permitiu o aumento da base de clientes também das aplicações, proporcionando mais receita de crédito. Por outro lado, aumentou as despesas de pessoal. Esses gastos cresceram de R$ 2,18 bilhões para R$ 2,536 bilhões na comparação dos semestres.