Título: Brasil exporta programa de popularização
Autor: Altamiro Silva Júnior
Fonte: Valor Econômico, 08/09/2005, Finanças, p. C2

O programa de popularização do mercado de ações, lançado pela Bovespa em maio de 2002, virou produto de exportação. A Bolsa de Valores de Quito (BVQ) acaba de adotar o programa e pretende aumentar em 150% a participação de pessoas físicas no pregão, para 25% das operações, informa Patricio Peña, presidente da BVQ. Depois do Equador, a Bovespa vendeu a idéia para outras bolsas latino-americanas e trouxe o "Bovmovel", veículo equipado com terminais e técnicos da Bolsa, para a XXXII Assembléia Geral Ordinária da Federação Ibero-Americana de Bolsas de Valores (Fiab), na Costa do Sauípe, que reuniu 180 representantes de 19 bolsas de valores da região, além de Espanha e Portugal. "Esperamos que vários outros países latino-americanos adotem o programa. O interesse tem sido grande", diz o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho. Para o presidente da Bolsa Mexicana de Valores, Guillermo Prieto Treviño, adoção do programa foi um dos fatores que levou a Bovespa a ser a líder da América Latina em operações, ultrapassando em muito as operações no mercado mexicano. Foi justamente em uma Fiab anterior que o presidente da BVQ conheceu o programa da Bovespa e se interessou. Após o evento ele passou 15 dias em São Paulo e levou a idéia para o Equador. Lá, criou o BVQmovil, que está percorrendo todas as cidades do país, visitando principalmente escolas e fábricas. Para 2006, a idéia, segundo Peña, é colocar uma plataforma de negociações no veículo para permitir a compra e venda real das ações listadas na BVQ, que movimenta US$ 4 bilhões por ano. (ASJ)