Título: Caso mineiro é exceção, diz Eletrobrás
Autor: Leila Coimbra
Fonte: Valor Econômico, 14/09/2005, Empresas &, p. B9

O Luz Para Todos é o maior programa social atualmente sendo tocado pelo governo federal. O projeto está orçado em R$ 9,5 bilhões, sendo R$ 6,8 bilhões provenientes da União. A Eletrobrás é a encarregada de gerir os recursos financeiros do programa, cujo objetivo é levar energia elétrica a 12 milhões de pessoas até 2008. O presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, afirma que o problema da Cemig é uma exceção, já que a maioria das distribuidoras está com o cronograma em dia. "Ocorreram dificuldades iniciais em Alagoas e Piauí, mas no geral vai muito bem", disse. Além da Cemig, negociaram novos valores de repasse com a Eletrobrás a Cepisa, no Piauí e a Ceron, em Rondônia, ambas federalizadas ou seja, já sob o controle societário da Eletrobrás. A Coelba é a concessionária com o maior número de ligações a serem feitas no Luz Para Todos - cerca de 357 mil novas unidades. O projeto na Bahia está orçado em R$ 1,9 bilhão até 2008. Segundo Vasconcelos, não houve renegociação de preços com a Coelba. Por conta do Luz Para Todos, os investimentos das empresas distribuidoras de energia elétrica deverão alcançar em 2005 e 2006 o patamar de R$ 5,8 bilhões por ano, montante que representa um crescimento de 70% em relação à média registrada nos últimos dois anos. Entre 2003 e 2004, os recursos aplicados pelas distribuidoras giraram em torno de R$ 3,4 bilhões, em média. Segundo dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), os maiores valores a serem aplicados no Luz para Todos estão concentrados nos anos de 2005, com R$ 2,2 bilhões, e 2006, com R$ 2 bilhões. Em 2007 e 2008, serão de R$ R$ 1,2 bilhão a R$ 1,3 bilhão. (LC)