Título: Empresas refutam acusações
Autor: Mauro Zanatta
Fonte: Valor Econômico, 30/09/2005, Política, p. A10

As declarações de supostas irregularidades envolvendo empresas brasileiras e multinacionais, feitas ontem por Mauricio Marinho na CPI dos Correios, foi recebida sem sobressalto por parte delas. É que esta não foi a primeira vez que o ex-chefe de departamento da ECT mencionou algumas dessas companhias. É o caso da Politec. A empresa informou ter um único contrato com os Correios, para digitalização de documentos. Por meio de sua assessoria, a empresa disse que não oferece serviços de correio híbrido reverso - um dos pontos citados como irregulares por Marinho - e afirmou que Hassan Gebrim nunca foi sócio ou funcionário da companhia. A empresa confirmou que houve um aditamento ao contrato, mas afirmou que a licitação obedeceu às regras estabelecidas e foi auditada pelo Tribunal de Contas da União. A fabricante de computadores Novadata informou, também por meio de sua assessoria, que todos os leilões do qual participou foram feitos por meio de pregão eletrônico ou presencial, virtualmente impossíveis de ser fraudados. A Xerox informou que acompanha o assunto, mas não se pronuncia sobre questões que podem tornar-se alvo de ações judiciais. Já a Contax, companhia de call center controlada pela Telemar, afirmou que todos os seus procedimentos contábeis seguem os parâmetros legais. O Valor procurou outras companhias citadas no depoimento, no início da noite, mas seus executivos não foram encontradas. A direção da Fiat Automóveis informou ontem que "não tem qualquer procedência" a informação de ter ganho licitação para fornecimento de veículos para os Correios a preços acima do valor de referência. A empresa explicou que a licitação foi "pública e presencial" e que "não existe nenhuma possibilidade de a Fiat ter participado de qualquer irregularidade".