Título: Abate de gado bovino cresceu 13% no segundo trimestre, revela IBGE
Autor: Conrado Loiola
Fonte: Valor Econômico, 03/10/2005, Agronegócios, p. B11

Produção Animal Ave e suínos também aumentam; captação de leite tem queda no período

O abate de bovinos no segundo trimestre deste ano cresceu para 7,257 milhões de cabeças, uma alta de 12,48% sobre os primeiros três meses do ano, quando foram abatidas 6,452 milhões de cabeças. Em relação ao segundo trimestre de 2004, com 6,426 milhões de bovinos abatidos, a taxa de crescimento é de 12,94%. Os dados são do relatório trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o número de abates e produção de leite, que sugere aumento da oferta de animais no segundo trimestre de 2005. Conforme o relatório divulgado sexta, durante o mês de junho, ocorreu o maior número de abates: 2,43 milhões de cabeças de gado abatidas. O Estado de São Paulo e os da região Centro-Oeste foram os que apresentaram o maior número de abates de bovinos. As exportações de carne bovina também aumentaram em valor no segundo trimestre sobre o trimestre anterior. A tonelada de carne foi negociada pelo preço médio de US$ 2.220, contra US$ 2.123 no primeiro trimestre, segundo o IBGE. O relatório mostrou ainda que o abate de frangos somou 949,581 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2005, o maior volume nos Estados da região Sul, em São Paulo e Minas Gerais. O crescimento foi de 5,01% sobre o trimestre anterior (904,280 milhões de cabeças) e de 9,48% na comparação com o segundo trimestre de 2004, com 867,362 milhões de cabeças. O maior volume de abates foi nos meses de maio e junho, com 317,8 mil e 325,7 mil aves, respectivamente. O valor das exportações de carne de frango também cresceu no segundo trimestre, para US$ 1.080 contra US$ 1.033 no primeiro trimestre, informou o IBGE. Ainda segundo o relatório, o número de suínos abatidos no país no segundo trimestre de 2005 foi de 5,840 milhões - alta de 9,54% em relação ao primeiro trimestre do ano (5,332 milhões). Em relação ao segundo trimestre de 2004, quando foram abatidos 5,407 milhões de cabeças, a alta foi de 8,01%. Os Estados que lideraram o abate de suínos foram os do Sul, além de Minas Gerais. Na receita obtida com as exportações, também houve crescimento. De acordo com o relatório, no primeiro trimestre do ano, a tonelada era negociada a US$ 1.365, contra US$ 1.422 no segundo trimestre. Segundo o IBGE, as indústrias de laticínios com inspeção federal ou estadual adquiriram durante o semestre 7,818 milhões de litros de leite, sendo 3,853 bilhões de litros só no segundo trimestre. Esse número mostra alta de 17,38% em relação ao segundo trimestre de 2004 e queda de 2,82% sobre os 3,965 milhões de litros no primeiro trimestre de 2005. O relatório indica que a queda pode ter sido causada pela seca no início do ano, que afetou as pastagens e, em consequência, a produção das vacas leiteiras. Minas Gerais liderou a captação de leite, adquirindo 30% da produção nacional, seguida de Goiás e São Paulo, de acordo com o IBGE.