Título: Na era da globalização
Autor: Batista, Vera
Fonte: Correio Braziliense, 27/04/2010, Economia, p. 15

APLICAÇÃO

Investidores brasileiros poderão comprar em reais ações norte-americanas

Em breve, os grandes investidores brasileiros ¿ instituições financeiras, fundos de investimento, administradores de carteira e consultores de valores mobiliários ¿poderão comprar ações de corporações norte-americanas sem contratar corretoras no exterior, sem telefonemas internacionais e pagando em reais. A BM&FBovespa está lançando um novo mecanismo que entrará em operação no segundo semestre e facilitará a compra e venda ações estrangeiras. São os Brazilian Depositary Receipt (BDRs) Nível 1 Não Patrocinados(1).

Segundo Ricardo Pinto Nogueira, diretor de Operações da Corretora Souza Barros, antes, quem desejasse fazer a mesma operação, teria que abrir conta em uma corretora estrangeira, enviar os recursos, gastar interurbano e ainda pagar custódia no país estrangeiro. ¿Agora, é só usar a conta já existente e depositar em reais¿, disse ele. Pode vender por telefone ou home broker e a custódia é a mesma da BM&FBovespa.

¿Todos os fundos podiam investir no exterior, mas evitavam porque havia uma série de exigências. Essa simplificação é uma novidade importante¿, afirmou Julio Ziegelmann, diretor de Renda Variável da BM&FBovespa. As dez primeiras empresas são Apple Inc, Google Inc, Bank of America Corporation, Arcelor Mittal CIA Ads, Goldman Sachs Group Inc, Billinton Limited Common, Wal Mart Stores Inc., Exxon Mobil Corporation, Mc Donald¿s Corp e Pfizer Inc. todas listadas em bolsas norte-americanas.

1 - Instrumento Esses recibos são diferentes dos BDRs até então negociados no país. Os atuais BDRs são emitidos pelas companhias com sede no exterior para serem transacionados no Brasil. Esse novo instrumento será emitido pelo Deutsche Bank (instituição depositária no Brasil) e terá lastro nas ações das empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque.