Título: Bancários e Fenaban tentam chegar a acordo para encerrar paralisação
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 11/10/2005, Brasil, p. A2

Os bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) estavam reunidos na noite de ontem, em São Paulo, em busca de um acordo para o reajuste nacional da categoria. Os trabalhadores entram hoje no sétimo dia de greve. "Houve um sinal de que há espaço para negociar. Apostamos na possibilidade de um acordo", disse o coordenador de negociações trabalhistas da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico. "Com o pedido de um índice de reajuste mais realista e a possibilidade de pagamento de um abono melhor, é possível a formulação de uma nova proposta", afirmou o representante dos bancos cerca de uma hora antes de participar da reunião. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,77% e PLR (participação nos lucros e resultados) no valor de um salário mais R$ 788 fixos, acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos igualmente entre os funcionários, além de outros itens. No último dia 20, os bancos ofereceram 4% de reajuste salarial, abono de R$ 1 mil e participação nos lucros e resultados equivalente a e 80% do salário mais R$ 733 fixos - mesmo valor pago à categoria no ano passado. Mas a proposta foi rejeitada e as negociações interrompidas. Com o impasse na campanha salarial, a categoria entrou em greve por tempo indeterminado na quinta-feira. A paralisação atinge 22 Estados e o Distrito Federal De acordo com a central da categoria, 120 mil dos 360 mil trabalhadores estão parados. Bancários de Rondônia aderiram à greve. Os bancos estimam, por sua vez, que o percentual de agências paradas é o mesmo do primeiro dia de greve - 5% de um total de 17,5 mil existentes no país. Informam que não há prejuízo a setores administrativos e tecnológicos. Em São Paulo, o número de locais fechados passou para 271 (eram 160 na quinta-feira), com cerca de 30 mil bancários em greve, segundo o sindicato.