Título: União é saída para ampliar exportação
Autor: Paulo Emílio
Fonte: Valor Econômico, 10/10/2005, Agronegócios, p. B10

Apesar da escassez de dados sobre o cultivo de flores tropicais no Brasil, a atividade pode ser medida pela movimentação dos produtores, que começam a unir forças para ganhar escala visando o mercado internacional. "O nosso maior mercado está em São Paulo, embora já tenhamos exportado flores para França e Espanha. Mas como a produção é pequena, não temos como manter uma regularidade. A solução está sendo nos juntarmos a outros produtores para ganhar escala e, assim, garantir um volume mínimo para exportar", diz Maria do Carmo Ferraz, que cultiva helicônias, antúrios, orquídeas e folhagens tropicais em uma área de 6 hectares na Zona da Mata de Pernambuco. No caso, o consórcio está sendo formado com seis outros produtores de flores tropicais localizados na região metropolitana do Recife. Segundo a empresária, a expectativa é que da união resulte uma produção semanal próxima de 20 mil hastes. Desse total, cerca de 30% deverá ser destinada à exportação. "Esperamos fechar algum contrato regular ainda neste ano", diz Mario do Carmo. Massina Pontual, que cultiva 4 hectares com flores tropicais na Zona da Mata Sul de Pernambuco, também diz que a formação de grupos de empresários é a solução para quem quer exportar. "Neste ramo, quem tem 10 hectares é considerado grande. Como os volumes são pequenos para atender à demanda, é necessário fazer um consórcio para exportar", afirma. Ela diz que o grupo de produtores do qual participa espera exportar até 5 mil hastes por semana para Portugal e Espanha. (PE)