Título: Vale define logística para exportar carvão
Autor: Francisco Góes e Vera Saavedra Durão
Fonte: Valor Econômico, 14/10/2005, Empresas &, p. B8

O diretor de logística da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Guilherme Laager, embarca hoje para Moçambique para definir como será feito o escoamento do carvão produzido nas reservas carboníferas da região de Moatize. Ele disse que existem duas alternativas: exportar o carvão pelo porto de Beira ou por Nacala. "A questão é saber qual é o melhor porto e a melhor ferrovia porque na mineração o peso da logística é muito grande", disse. Ele afirmou que existe uma ferrovia com cerca de mil quilômetros de extensão ligando as reservas de carvão de Moatize até o porto de Nacala e outra malha ferroviária, de 550 quilômetros, até o porto de Beira. Nas duas estradas de ferro será preciso refazer a via permanente incorporando trilhos para o transporte de carga pesada. Esta será a quarta visita de Laager a Moçambique desde que a Vale anunciou o seu interesse em um projeto integrado (mina-ferrovia-porto) para explorar as reservas de Moatize, com investimentos de US$ 700 milhões. O plano da Vale é incentivar a indústria fornecedora africana de material ferroviário. Também será preciso equipar o porto para operação de carvão. O interesse da Vale em Moçambique remonta ao fim da década de 80. Em maio de 2003, a CVRD assinou memorando de entendimentos com o IDC (Industrial Development Corporation of South Africa Limited) e a ISCOR (siderúrgica sul africana) constituindo consórcio para um estudo de viabilidade, orçado preliminarmente em cerca de US$ 3 milhões a US$ 4 milhões. (FG e VSD)