Título: Estados temem reflexos em outras cadeias
Autor: Marli Lima e Mauro Zanatta
Fonte: Valor Econômico, 19/10/2005, Agronegócios, p. B12

Os representantes dos órgãos de defesa sanitária dos Estados vão propor no próximo mês ao Ministério da Agricultura a padronização de procedimentos como datas de vacinação e regras de leilões de gado, que hoje variam bastante de um Estado para outro. As propostas têm sido discutidas em reuniões realizadas em cada um dos cinco circuitos em que a pecuária brasileira é dividida e é mais uma tentativa de resposta aos focos de febre aftosa detectados no Mato Grosso do Sul. "Vamos propor a padronização para facilitar o controle", disse Altino Rodrigues, presidente do Fórum Nacional dos Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária e diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Ontem foi realizada em Salvador reunião do Circuito Pecuário Leste, que inclui Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Sergipe. A resolução dos encontros deverá ser encaminhada ao Ministério da Agricultura em novembro. Ainda que não tenham exportações significativas, diz o secretário de Agricultura da Bahia, Pedro Barbosa, o comércio exterior de outros produtos pode ser prejudicado se não ficar explícito que o Circuito Leste está livre da aftosa. Nesta semana, conta, Marrocos exigiu o certificado de área livre da doença para que a Bahia pudesse vender fumo. Os representantes dos Estados também pedem agilidade do governo federal na liberação de recursos para as agências de defesa sanitária. A superintendente federal da agricultura, Maria Delian Gomes, que representou o Ministério na reunião de Salvador, disse que muito da demora dos repasses se deve à desorganização das agências sanitárias.