Título: Trocando em miúdos
Autor: João Luiz Rosa e Ricardo Cesar
Fonte: Valor Econômico, 27/10/2005, Empresas &, p. B3

Navegar na internet é uma tarefa fácil, mas a estrutura invisível que permite ao usuário chegar às páginas desejadas não tem nada de simples. A seguir, um roteiro de como a rede é administrada: Nome de domínio (domain name): é o que permite localizar uma organização na internet. O nome de domínio do Valor, por exemplo, é valoronline.com.br. Domínio de primeiro nível (top level domain ou TLD): identifica a parte mais geral de um nome de domínio - ".com" (de commercial) para empresas, ".edu" (educational) para instituições de ensino etc. Há também os códigos de países: ".br" para o Brasil, ".fr" para a França e assim por diante. Domínio de segundo nível (second-level domain): é a parte que designa o proprietário específico de um endereço de internet. No caso do Valor, é "valoronline". Endereço de internet ou endereço IP (IP address): cada nome de domínio tem atribuído a si um número único, que fica invisível ao usuário. Isso evita que o internauta tenha de decorar longas combinações numéricas para acessar o site desejado. É a existência deste número, porém, que permite ao internauta chegar ao site procurado. Domain Name System (DNS): é o sistema que converte os nomes de domínio a seus números correspondentes. Sistema de servidor-raiz (root server system): é a maneira pela qual uma lista com os principais nomes de domínio de primeiro nível é mantida e colocada à disposição dos roteadores, os equipamentos que fazem o tráfego da internet. É composto de 13 servidores-raiz, operados por 12 instituições, que vão da companhia americana VeriSign (responsável por dois deles) até a Nasa. O servidor, neste caso, pode ser um computador ou um conjunto deles, às vezes espalhados em vários países. Em São Paulo, há servidores do Internet Systems Consortium, um dos operadores. Organização da Internet para Designação de Nomes e Números: Na sigla em inglês é a Icann (pronuncia-se "eye-can"). É definida como uma organização não-governamental e sem fins lucrativos. Pomo da discórdia na disputa pela governança da internet, exerce funções centrais como a administração dos sistemas de nomes de domínio e o de servidor-raiz. Formado por 21 membros, tem em seu conselho dois brasileiros: Vanda Scartezini e Demi Getschko. Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br): Administra a rede no país. Tem 21 membros: indicados pelo governo (nove), setor empresarial (quatro) terceiro setor (quatro), comunidade acadêmica (três), além de um representante de notório saber sobre a internet.