Título: País propõe fim gradual de exceções
Autor: Raquel Landim
Fonte: Valor Econômico, 04/11/2005, Brasil, p. A3

Diante da recusa da Argentina em acabar com as exceções à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, o Brasil está propondo uma redução "gradativa" da lista de produtos cujas taxas de importação são diferentes nos quatro sócios do bloco. Os regimes de exceção à TEC deveriam terminar em 31 de dezembro deste ano. A Argentina solicitou a prorrogação da lista de exceções à TEC por mais dois anos. Brasil e Argentina podem excluir 100 produtos cada. Mário Mugnaini, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), afirmou que o Brasil está interessado em "diminuir gradativamente" a lista de exceções à TEC. Seria uma forma de garantir que a uniformização das tarifas dos países do bloco será obtida no futuro. A proposta brasileira será apresentada aos demais sócios durante uma reunião do Grupo Mercado Comum (GMC), entre os dias 23 e 25, em Montevidéu. A expectativa é chegar a um acordo até a reunião de cúpula do bloco no dia 30. A tarefa é complicada. Além da lista de exceções à TEC, Brasil e Argentina precisam chegar a um acordo sobre os regimes de bens de capital e bens de informática e telecomunicações, que também expiram no fim do ano. Os argentinos já sinalizaram que não quererem alterar as tarifas de importação desses produtos. No caso de bens de capital, os argentinos pretendem manter sua tarifa zerada durante cinco anos.