Título: São Paulo conclui rastreamento e descarta aftosa
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 01/11/2005, Agronegócios, p. B10

Crise sanitária

Levantamento concluído ontem (dia 31) pelo governo de São Paulo a partir do rastreamento de animais provenientes do Paraná descartou a ocorrência de focos de febre aftosa ou de outras doenças vesiculares (como estomatite, por exemplo) no Estado. O levantamento se fez necessário pelas suspeitas - ainda não confirmadas - de focos em território paranaense, neste caso em consequência da entrada no Estado de gado bovino do Mato Grosso do Sul, onde foram comprovados casos da doença. Segundo o secretário de Agricultura de São Paulo, Duarte Nogueira, foram rastreados 2.069 animais de 57 propriedades (todas interditadas) localizadas em 41 municípios. De acordo com ele, esses animais deverão ser monitorados por mais 30 dias. Com base no relatório da Defesa Sanitária do Estado, o governo paulista vai encaminhar nos próximos dias um documento ao Ministério da Agricultura para que seja anexado no dossiê que o governo federal pretende enviar para União Européia e para a OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) visando reverter o embargo dos países importadores à carne paulista. No documento serão incluídas informações sobre a ação do Estado após a descoberta de focos no Mato Grosso do Sul e das suspeitas no Paraná, como o fechamento das fronteiras com os dois vizinhos e a criação de corredores sanitários. Nogueira ressaltou que há quase dez anos São Paulo não registra um caso de aftosa. O Estado é responsável por quase 60% dos embarques de carne bovina in natura do país. Hoje (dia 1º ), o Estado lança oficialmente, em Presidente Prudente (SP) a segunda etapa da campanha local de vacinação contra febre aftosa, mas as vacinas já começaram a ser aplicadas desde o dia 26 de outubro. Segundo o secretário, o Estado também deverá reforçar sua defesa sanitária com a contratação de 1.016 funcionários, que também serão alocados para pesquisas e assistência técnica. (MS)