Título: Combate sistemático aos materiais tóxicos
Autor: Lizete Teles de Menezes
Fonte: Valor Econômico, 25/11/2005, Valor Especial / EMPRESA & COMUNIDADE, p. F5

Baterias que alimentam celulares e estações rádio base - ERBs (antenas) contêm materiais pesados, altamente tóxicos. Quando termina a vida útil, se elas não forem devidamente armazenadas e recicladas, podem causar graves danos à natureza e à saúde da população. Para evitar a contaminação do meio ambiente, a Vivo, empresa do setor de telefonia móvel, criou o Programa de Gerenciamento de Resíduos, voltado para a prevenção e redução desses riscos. O foco do projeto é sensibilizar a sociedade para a importância da devolução das baterias, que no caso dos celulares são encaminhadas aos respectivos fabricantes e no das antenas são vendidas a empresas especializadas em reciclagem. No seu depósito de São José dos Pinhais (PR), a Vivo mantém duas áreas isoladas para armazenamento das baterias, com piso impermeável, contêineres e pallets. As de celulares são embaladas em envelopes e caixas especiais. As de ERBs ficam em um compartimento provido de canaleta e tanque para recolher resíduos de possíveis vazamentos, com acesso proibido, salvo para os técnicos. "Essas baterias contêm chumbo ácido, prejudicial à saúde, por isso tomamos essa precaução", diz Cláudia Crepevile, da ONG Antroposphera, que gerencia o projeto em Curitiba (PR). A Universidade Federal do Paraná presta assessoria técnica. As baterias de ERBs são estocadas nos depósitos das diversas regionais até que atinjam 9 toneladas, quando são vendidas a empresas que transportam e reciclam o material, explica Cláudia Crepevile. A coleta foi iniciada em 2003 e hoje atinge 18 centros de distribuição. Até julho foram arrecadados R$ 287 mil com a comercialização de 14,7 mil unidades. Os recursos são destinados a projetos sócio-ambientais e a dez instituições indicadas pelo Instituto Vivo, entre elas a Casa Maria Magdala, do Rio (R$ 35,9 mil), a Ação Solidária contra o Câncer Infantil, de São Paulo (R$ 28 mil), e a Escola de Educação Jardim do Éden, do Espírito Santo (R$ 9 mil).