Título: Crise institucional
Autor: Magalhães, Camila de; Bernardes, Adriana
Fonte: Correio Braziliense, 05/05/2010, Cidades, p. 26

Voltar às aulas sem o retorno dos técnicos administrativos ao trabalho pode ser bastante complicado. Os funcionários é que fazem laboratórios, biblioteca e restaurante universitário funcionarem. Outro setor que também ficou prejudicado com a greve é o Hospital Universitário de Brasília, onde o atendimento está restrito a 30% dos funcionários. De acordo com a auxiliar de enfermagem Isaura Dias, a procura continua grande, mas a emergência da maternidade trabalha apenas com um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem. Normalmente, sete pessoas comporiam a equipe. Os laboratórios e a rediologia também estão com as equipes reduzidas. Enquanto isso, os alunos da UnB ficam sem aulas. ¿É um saco estar de greve. O semestre vai ser horrível¿, observa a estudante de farmácia Luiza Geraldis, 17 anos. ¿Todo mundo sai prejudicado com a greve¿, destaca Nahari Terena, 18, do curso de estatística. O colega dela, Felipe Duarte, 17, afirma que aceitaria ficar sem aulas por, no máximo, mais duas semanas. Coordenador do Diretório Central dos Estudantes, Pedro Piccolo lamenta a baixa participação estudantil no movimento grevista. ¿Conseguimos uma mobilização no início, mas, conforme o tempo foi passando, foi diminuindo¿, constata. ¿Muitos não estão sentindo que o movimento diz respeito diretamente a eles, mas o DCE discorda.¿