Título: SP e SC mantêm barreiras inalteradas
Autor: Alda do Amaral Rocha, Mauro Zanatta e Marli Lima
Fonte: Valor Econômico, 07/12/2005, Agronegócios, p. B

Vizinhos do Paraná, os Estados de São Paulo e Santa Catarina informaram ontem que manterão inalterados os seus sistemas de barreiras sanitárias e controle da entrada de animais, carne e outros produtos de origem animal vindos do Paraná, mesmo com a confirmação dos casos de febre aftosa em uma propriedade em São Sebastião da Moreira. Em Santa Catarina, a Secretaria da Agricultura está mantendo as 15 barreiras sanitárias na fronteira com o Paraná, impostas desde 21 de outubro, bem como a proibição da entrada de animais vivos (bovinos e bubalinos) vindos de qualquer Estado brasileiro e de carne bovina com osso - exceto do Rio Grande do Sul. Hamilton Farias, assessor da área de saúde animal da secretaria, observou que o Estado já havia adotado as mesmas exigências que seriam impostas caso as suspeitas no Paraná tivessem sido confirmadas antes. "O Estado tomou todas as providências para evitar qualquer risco de a doença chegar a Santa Catarina, já que é uma área livre de aftosa sem vacinação". Farias disse, ainda, ter confiança na segurança oferecida pelo sistema de barreiras e corredores sanitários criados. Além disso, afirmou, a ausência de novas áreas suspeitas nos últimos 45 dias seria um indício de que o vírus está contido no Paraná. Em São Paulo, a Secretaria de Agricultura publicou no Diário Oficial do Estado de ontem duas resoluções afrouxando as barreiras impostas ao gado e a produtos de origem bovina dos Estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Conforme as resoluções, permanece proibida a entrada de animais, carne e outros subprodutos de origem animal vindos dos 12 municípios paranaenses (Amaporã, Astorga, Faxinal, Grandes Rios, Igaraçu, Loanda, Maringá, Marialva, Ortiqueira, Platina do Paraná, Rosário do Ivaí e Sarandi). Juntos, esses municípios formam um raio de 10 quilômetros a partir das propriedades suspeitas da doença, que é uma exigência de segurança definida pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) para casos confirmados da doença. A Secretaria não seguiu a instrução normativa do Ministério da Agricultura, que definia regras menos rígidas para as regiões suspeitas. (CB)