Título: Para Fiesp, país pode crescer 4,5% em 2006
Autor: Arnaldo Galvão
Fonte: Valor Econômico, 14/12/2005, Brasil, p. A4

Apesar das duras críticas feitas ao longo deste ano à política econômica do governo Lula, a indústria paulista está otimista para 2006. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), acredita que, em um cenário de alteração da política monetária, com queda da taxa de juros e, por conseqüência, um câmbio menos valorizado, a economia brasileira poderá crescer 4,5% no próximo ano. Para que isso seja possível, o país precisa encerrar 2006 com uma taxa de juros anual na casa dos 13% e com um dólar comercial por volta de R$ 2,75. Com isso, o ambiente ficará favorável à produção e a indústria poderá avançar 5,8%. "Não vamos entrar no novo ano pensando que não haverá mudanças", disse Skaf. Segundo ele, os indicadores já anunciados e projeções para o desempenho da economia em 2005 mostraram que a Fiesp tinha razão ao criticar o conservadorismo do governo. No entanto, Skaf espera alterações, levando em conta as falas do presidente Lula nos últimos dias. "Temos ouvido da boca do presidente que é preciso mudar o rumo da política monetária."