Título: Telefone fixo pré-pago pode ser desvantajoso
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 19/12/2005, Brasil, p. A2

O consumidor que estuda migrar para o novo telefone fixo pré-pago a partir do ano que vem, deve estar atento para saber se o novo plano realmente atende às suas necessidades. Segundo a Anatel, o novo sistema pré-pago vale a pena apenas para quem gasta até 60 minutos de conversação por mês e usa o telefone mais para receber mais do que fazer ligações. Pelo Acesso Individual Classe Especial (Aice), como ficou conhecido o novo sistema de telefonia, o consumidor perde privilégios como a redução da tarifa em horários especiais. Além disso, vai pagar um valor fixo por chamada, independentemente do tempo de uso, que é de R$ 0,13690 (sem impostos). Pelo cálculos da advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Daniela Trettel, o gasto de cem minutos de conversa por mês significam um valor mínimo para o consumidor de R$ 31,78, pouco menor que o preço da assinatura básica que custa R$ 38 e dará direito ao dobro de tempo em ligações. A advogada afirma que se o consumidor descuidar e usar 200 minutos no telefone no sistema do Aice, vai pagar no mínimo R$ 41,37, o que é um valor maior que se optasse pelo plano básico. "Usar a internet então nem pensar", afirma a advogada do Idec, Daniela Trettel. O plano pré-pago vai custar aproximadamente R$ 22 (com impostos). As chamadas locais vão ter o mesmo valor que aquelas do plano básico. Em São Paulo, o valor do minuto será de 0,09593 (com impostos). Outra crítica do Idec se refere à taxa de habilitação cobrada no caso de migração para o Aice ou de mudança de endereço, que custará R$ 76,50 (sem impostos).