Título: ANP negocia com vencedor de leilão sem documento
Autor: Vera Saavedra Durão e Francisco Góes
Fonte: Valor Econômico, 11/01/2006, Empresas &, p. B5

Algumas empresas brasileiras de petróleo que tiveram participação de destaque na 7ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) não vão participar hoje da primeira cerimônia de assinatura dos contratos. Na lista das que estão com documentação pendente aparecem algumas brasileiras que adquiriram campos maduros. Entre elas estão a Geobrás, PetroLab, C.Foster, Pioneira, Egesa, Phoenix, Dalçóquio e Vitória Ambiental. Além dessas, a lista inclui também a portuguesa Partex. O diretor da ANP responsável pelas licitações da agência, John Forman, explicou que essas empresas não tiveram tempo hábil para apresentar certidões negativas de débitos com a Receita Federal e o INSS e por isso terão até o dia 27 de janeiro para apresentar a documentação pendente. Outra empresa que não teve tempo hábil para apresentar seus dados foi o consórcio formado pelas baianas Panergy e a ERG Negócios e Participações, que arrematou o campo de gás de Morro do Barro, no sul da Bahia. A oferta para esse campo maduro - onde os vencedores pagaram R$ 711 mil em bônus e se comprometeram a investir R$ 13,86 milhões - foi questionado por duas concorrentes: a Carcará e a Schain. Ambas entraram com recurso junto à ANP contra a proposta vencedora, mas o recurso não foi acatado pela agência. A 7ª Rodada da ANP foi realizada em outubro do ano passado com arrecadação recorde de cerca de R$ 1,008 bilhão em bônus de assinatura. Nessa última rodada, 41 empresas (entre um total de 116 inscritas) arremataram 251 blocos de risco exploratório e 16 áreas inativas com acumulações marginais.