Título: Exportações de xampus estão em alta
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Fonte: Valor Econômico, 18/11/2004, Brasil, p. A-5
A Aroma do Campo, uma das maiores fabricantes de cosméticos sediadas em Nova Iguaçu, acaba de lançar no mercado francês sua linha de produtos étnicos para cabelos. Os alisantes, tinturas, xampus, condicionadores e cremes estarão nas gôndolas do Carrefour, a maior rede de supermercados francesa. Segundo a diretora de marketing da Aroma do Campo, Vânia Tavares, a expectativa da empresa é vender cerca de 800 mil euros (cerca de R$ 3 milhões) no primeiro ano de fornecimento. Segundo dados da prefeitura, entre 60% e 70% da produção de cosméticos de Nova Iguaçu é da linha para cabelos. A indústria local tem forte vocação para a área de produtos afro como estes que a Aroma do Campo começou a enviar à França. A empresa tem 700 empregados, dos quais 300 na fábrica, e, segundo Vânia, detém 6% do mercado de coloração do país. "Estamos exportando 10% da nossa produção", afirma Vânia. Além da França, os produtos são vendidos para alguns países africanos, Portugal, Estados Unidos, Emirados Árabes, Bolívia e Paraguai, entre outros. A diretora, que prefere não fornecer números sobre faturamento, disse que considera a idéia de criação de um pólo com central de compras "uma boa iniciativa" que pode gerar "parcerias e ganhos de escala". Outra grande empresa de cosméticos do município da Baixada Fluminense é a Embelleze, fundada há 37 anos e que tem hoje cerca de 600 empregados, segundo seu diretor jurídico, Alexander Carreiro. Ele disse que a Embelleze tem como ponto forte a linha de produtos de transformação (alisantes, basicamente) e que exporta principalmente para países africanos de língua portuguesa, como Angola e Cabo Verde. A Suissa, fabricante da marca Alfazema Suissa, é outra das grandes indústrias de Nova Iguaçu, com cerca de 600 empregados, incluindo representantes comerciais, segundo seu diretor comercial, Édson Roberto Arnaud. No mercado desde 1950, a empresa deve faturar neste ano, de acordo com Arnaud, R$ 68 milhões, com crescimento de 45% sobre os R$ 47 milhões obtidos no ano passado. A Suissa exporta para a Bolívia e pretende entrar nos EUA e na China. (CS)