Título: Brasil fica em 39º em qualidade de vida
Autor:
Fonte: Valor Econômico, 18/11/2004, Internacional, p. A-9

A Irlanda é o melhor país do mundo para se viver, segundo ranking de 111 países compilado pela revista britânica "The Economist", a ser divulgado hoje. O Brasil teve classificação média, ficando em 39º lugar, abaixo de Chile e México, mas acima da Argentina.

Segundo a classificação, que levou em conta fatores econômicos e sociais, o pior lugar do mundo para se viver é o Zimbábue. Nove dos dez primeiros classificados são países europeus. Depois da Irlanda, os melhores países em qualidade de vida são Suíça, Noruega, Luxemburgo, Suécia, Austrália, Islândia, Itália, Dinamarca e Espanha. A Irlanda "combina fatores desejáveis, como baixo desemprego e liberdades políticas, com a preservação de características que tornam a vida mais confortável, como estabilidade familiar e vida comunitária", disse a "Economist". O estudo, que estará na publicação anual "The World in 2005", da revista, levou em consideração renda, saúde, emprego, liberdades civis, estabilidade política e segurança, clima, igualdade entre os sexos e vida familiar e comunitária. A riqueza tem seu peso, mas não é um fator determinante no ranking. O único país do G-7, o grupo dos sete países mais ricos do mundo, que está entre os dez primeiros classificados é a Itália. Os EUA ficaram em 13º lugar. As grandes economias européias não oferecem qualidade de vida a seus habitantes compatível com a sua riqueza: França e Alemanha ficaram, respectivamente, em 25º e 26º lugar. O Reino Unido se saiu ainda pior: 29º classificado, apenas duas posições acima do Chile, e a pior entre os 15 países que formavam a União Européia até a expansão de maio. O Chile foi o país latino-americano de melhor classificação (31º), seguido do México. Brasil e Argentina ocuparam, respectivamente, o 39º e 40º lugar. A China, um dos principais motores da expansão econômica mundial, ficou em 60º lugar, e a Rússia ocupa um dos últimos lugares do ranking (105º).