Título: Venda de Natal cresce 4,1% em SP
Autor: Sergio Lamucci
Fonte: Valor Econômico, 27/12/2005, Brasil, p. A3

As vendas de Natal no comércio de São Paulo cresceram em média 4,1% em relação ao ano passado. Foi a taxa de crescimento mais baixa desde 2002, quando as vendas ficaram praticamente estáveis na comparação com 2001. Em 2003, as vendas do comércio paulista haviam crescido 6% sobre o ano anterior, e em 2004, 6,5%. De acordo com levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que medem o movimento das vendas a prazo, tiveram alta de apenas 1,7% em relação aos 25 primeiros dias de dezembro de 2004. As consultas ao UseCheque, indicador de vendas à vista, subiram 6,5% na mesma comparação. Segundo a entidade, o fraco desempenho das vendas pelo crediário, mais usados para a compra de bens duráveis, de maior valor, deve-se às taxas de juros muito altas, e também ao aperto nos orçamentos dos consumidores que ao longo do ano recorreram ao crédito consignado. Dezembro foi o mês de pior resultado do SCPC no ano. "As taxas de juros deveriam ter começado a cair em junho, não em setembro. As vendas a crédito estão em queda ao longo de todo o último trimestre, o que é sintoma de aperto orçamentário, que em parte pode ser explicado pelo forte crescimento do crédito consignado ao longo do ano, que reduz a disponibilidade de compra do consumidor", disse o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. No ano, o balanço da ACSP revela crescimento da ordem de 5% no movimento das vendas a prazo do varejo paulista em relação a 2004. Nos shopping centers de todo o país, as vendas no período de Natal subiram de 1,5% a 2% em relação a 2004, segundo estimativa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). "Mesmo com crescimento real de 2%, contra uma base maior de 5% em 2004, o resultado é satisfatório", disse o o presidente da Alshop, Nabyl Sahyoun. A entidade projeta faturamento, no ano todo, de R$ 55,3 bilhões, 7% maior que no ano passado (R$ 51,7 bilhões). Os números referem-se aos 601 shoppings do país, que reúnem mais de 74 mil lojas, das quais 17 mil associadas à Alshop.