Título: Conselho aprova plano de reestruturação da Embraer
Autor: Ilton Caldeira e Ivo Ribeiro
Fonte: Valor Econômico, 20/01/2006, Brasil, p. A2

O Conselho de Administração da Embraer, quarta maior fabricante mundial de aviões comerciais, aprovou ontem a proposta de reestruturação que permitirá a pulverização do controle acionário e o ingresso da companhia no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O tema será agora levado para avaliação dos acionistas em Assembléia Geral Extraordinária, marcada para 31 de março. Os minoritários detentores de ações preferenciais, que normalmente não poderiam votar, poderão manifestar sua opinião na assembléia. Segundo Fato Relevante divulgado ontem à noite pela empresa, no dia 18 foi criada a Rio Han Empreendimentos e Participações S.A., com sede em São José dos Campos (SP), para viabilizar a operação. Numa primeira etapa, a Rio Han será controlada em partes iguais pelos atuais acionistas controladores da Embraer - Previ, Sistel e Cia Bozano - que detêm 60% do capital votante. A Embraer, como é hoje, será extinta e seus demais acionistas receberão ações ordinárias da Rio Han, que no futuro, após a reestruturação, se constituirá na Nova Embraer. Na reestruturação ficou determinado que a União terá preservado seu direito de veto com uma ação de classe especial, e exercerá o controle sobre a concentração de participação acionária na companhia que atingir ou superar 35%. Conforme o comunicado, o atual presidente da Embraer, Maurício Botelho, irá, após a reestruturação, numa etapa transitória, acumular seu cargo com a presidência do Conselho da Rio Han (Nova Embraer) até a assembléia de acionistas que analisará os resultados de 2006. O conselho então elegerá um novo diretor presidente que não poderá acumular o seu cargo com a presidência do Conselho.