Título: Fundações ficam mais conservadoras
Autor: Catherine Vieira
Fonte: Valor Econômico, 29/12/2005, Finanças, p. C1

Fundos de Pensão Maioria das instituições aumentou investimentos em títulos públicos Apesar do apetite por títulos privados, tanto de renda fixa quanto variável, os fundos de pensão não concretizaram em 2005 uma investida mais concreta nessa seara e esse movimento deve ficar para 2006. Com a crise política, que no segundo semestre atingiu mais fortemente o segmento, as fundações ficaram mais conservadoras e optaram pela compra maciça de títulos públicos. "Acredito que as compras foram da ordem de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões", estima Antônio Cruz, diretor da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Os fundos, que já vinham num movimento mais conservador depois dos problemas com o Banco Santos, ensaiaram uma migração maior para ativos do setor privado, que acabou não ocorrendo. "Os conselheiros dos fundos ficaram cautelosos e mais avessos a riscos, mas acredito que em 2006, com redução gradual dos juros, vai ser o ano dos recebíveis, seja pelos FIDCs ou CRIs", prevê Cruz.