Título: Bolsa sobe, mas se mantém atrativa em fevereiro
Autor: Luciana Monteiro
Fonte: Valor Econômico, 01/02/2006, EU &, p. D2

Balanço do Mês

Depois de bater recordes atrás de recordes, os analistas continuam mantendo suas apostas na bolsa em fevereiro. No primeiro mês de 2006, o Índice Bovespa registrou o melhor desempenho entre as aplicações financeiras, com alta de 14,7%. Mas o investidor que quiser pegar carona nessa euforia terá de pinçar os papéis com potencial de ganhos, já que algumas ações subiram bastante. O conselho é diversificar, diz Caio Santos, estrategista da área de gestão de fortunas do BankBoston. Buscar fundos de ações com gestão ativa pode ser uma opção. Já para aqueles com um conhecimento melhor de mercado, setores como varejo, siderurgia e petróleo podem ser boas alternativas. Apesar de a bolsa ter roubado as atenções em janeiro, a renda fixa continua atraente, diz o consultor Fabio Colombo. "As aplicações em juros continuarão favorecidas em razão do juro real elevado, mesmo considerando as pressões inflacionárias deste início de ano." A análise serve para os fundos de renda fixa prefixados e para os DIs. O referencial dessas carteiras, o CDI, encerrou janeiro com 1,43%. Já a inflação, medida pelo IGP-M registrou alta de 0,92%. Os CDBs apresentaram rendimento de 1,38%. O dólar, mais uma vez, fechou o mês com desvalorização, com queda de 4,73%. Nem mesmo as atuações do Banco Central comprando moeda deram fôlego à divisa americana. E apesar de ser ano eleitoral, os analistas não acreditam numa recuperação forte do dólar. Para Colombo, os fundos cambiais permanecem como alternativa de diversificação para quem tem perfil conservador e moderado, com visão de longo prazo, caso o cenário interno ou externo piore. O ouro, apesar do dólar em baixa, registrou alta de 5,7%. O desempenho resultou da forte valorização do metal no exterior, principalmente pelo mercado asiático, que vem crescendo e aumentando a demanda pelo ativo.