Título: Centrais querem rever jornada
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Fonte: Valor Econômico, 20/02/2006, Brasil, p. A2

A Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Geral dos trabalhadores (CGT), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT) e a Social Democracia Sindical (SDS) se reúnem hoje para discutir uma campanha nacional para a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas e a limitação das horas extras. Pesquisa elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-Econômicos (Dieese) apontou que 78% dos trabalhadores de diferentes segmentos realizam horas extras com regularidade. O principal motivo é o reforço da renda familiar. Segundo o presidente da CGT, Antonio Carlos dos Reis, a combinação da redução da jornada e das horas extras pode gerar imediatamente mais de 2 milhões de empregos. O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, afirma que a limitação por lei de até dez horas extras semanais seria um bom começo para as discussões. Atualmente, a CLT estabelece um limite diário de duas horas extras, mas desconsidera o fim de semana, segundo Paulinho. "Não queremos acabar com a hora extra, mas mudar a legislação para diminui-la", acrescentou. Segundo Paulinho, muitas empresas acabam por optar pelo aumento de horas extras em vez de aumentar as contratações.