Título: Exercício de opções marca a Bovespa
Autor: Paula Laier
Fonte: Valor Econômico, 20/03/2006, Finanças, p. C2

O exercício de opções hoje na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) será pontuado por especulações da semana passada sobre a permanência ou não do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no cargo. Na sexta-feira, tal possibilidade foi a deixa para os vendidos (que apostam na desvalorização) puxarem para baixo o preço das ações que têm as séries mais líquidas em opções. A agenda da semana ainda traz indicadores de atividade como vendas no varejo, taxa de desemprego, crédito e inflação. No último pregão, o Índice Bovespa (Ibovespa) voltou a cair. O humor mais pesado, por conta da expectativa de reportagens no fim de semana envolvendo o ministro Palocci, contribuiu para o viés negativo, com investidores mais conservadores se desfazendo de posições. No final dos negócios, o indicador cedeu 0,28%, aos 38.049 pontos. O volume financeiro somou R$ 1,76 bilhão. Na semana, porém, o Ibovespa ganhou 3,14%. Conforme acompanhou o economista-chefe do Pátria Banco de Negócios, Luís Fernando Lopes, a sexta-feira já teria por si só um pregão mais complicado devido ao vencimento de opções. Operadores acrescentaram que a expectativa com o teor das reportagens trazidas nas revistas semanais apenas acentuou a cautela. Com esse clima, a tradicional briga entre investidores comprados (que apostam na alta) e vendidos influenciou ações com importante peso no Ibovespa, que figuram entre as séries mais líquidas de opções. Entre elas, Petrobras PN caiu 2,05%, a R$ 42,80. As ações da estatal detêm a maior fatia do Ibovespa, de 9,227% e movimentaram R$ 238 milhões, o maior giro do dia.