Título: Nossa Caixa esclarece a venda da capitalização
Autor: Maria Christina Carvalho
Fonte: Valor Econômico, 24/03/2006, Finanças, p. C2

O Banco Nossa Caixa divulgou, ontem, fato relevante esclarecendo que o acionista controlador, o Estado de São Paulo, abriu mão do direito de preferência na compra de ações da Nossa Caixa Capitalização S.A. A empresa de capitalização da Nossa Caixa terá o controle, equivalente a 2,754 milhões de ações ordinárias (51% do capital), vendido em leilão marcado para 26 de abril. Ao preço mínimo de R$ 8,68 por ação, o leilão vai movimentar R$ 23,9 milhões. Além disso, será feita uma oferta adicional para dar direito de preferência aos minoritários de 6% do capital, ou 324 mil ações, que poderá levar a venda a 57% do capital total. "Teoricamente o Estado poderia entrar comprando. Mas, como o intuito não é desestatizar, o Estado abriu mão do seu direito e está tornando a decisão clara, com o fato relevante", afirmou Maurício Lopes, do Departamento de Planejamento da Nossa Caixa, coordenador do programa de reorganização societária. Lopes esclareceu que a oferta de 6% para os minoritários é apenas um "indicativo". No limite, se todos exercerem o direito, comprariam 14%. Como a posição mínima com a qual o banco pode ficar é de 43%, o parceiro privado pode correr o risco de também ficar com 43%, se todos os minoritários exercerem o direito. Por isso, as condições de venda prevêem que quem vencer o leilão pode desistir se os minoritários quiserem os 14%. De toda forma, o banco se compromete a não se compor com os minoritários para assumir qualquer posição majoritária. O vencedor do leilão terá a exclusividade na venda de produtos de capitalização nas cerca de 800 agências do banco. Os candidatos já entregaram a documentação e o resultado da pré-qualificação, feita pela Susep, será divulgado em 7 de abril.