Título: Fabricantes estimam voltar a crescer em 2004
Autor: Carolina Mandl
Fonte: Valor Econômico, 25/11/2004, Empresa, p. B7

A indústria de embalagens fechou o terceiro trimestre com um crescimento de 5,91% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Depois de encerrar 2003 com uma queda de 6,5% no volume produzido, é a primeira vez que o segmento volta a esboçar crescimento neste ano. A previsão da entidade é de um crescimento de 4,5% no quarto trimestre, o que deve levar a um aumento acumulado no ano de 0,8%. Dados já divulgados pela indústria do papel ondulado apontam que em outubro o setor cresceu 3,3%. A previsão inicial da Abre era encerrar 2004 com queda de 0,2%.

De acordo com Luciana Pellegrino, diretora-executiva da Abre, a retomada do setor tem sido mais lenta do que no restante da economia, que deve encerrar o ano com um crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto, porque as embalagens estão diretamente ligadas à renda. Produtos de bens de consumo não-duráveis, como alimentos e bebidas, são os que mais necessitam de embalagens. "Esses itens demandam crescimento da renda e do emprego, o que demorou mais para ocorrer", diz Luciana. A boa notícia, segundo a executiva, é que em setembro o item que apresentou a maior alta no consumo de embalagens foi o de alimentos. As exportações de embalagens também colaboraram para esse desempenho. Até setembro, foram vendidas para o exterior US$ 224,3 milhões, um crescimento de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Até o fim do ano, a Abre prevê que sejam exportados US$ 280 milhões, contra US$ 250 milhões em 2003. Para recuperar toda a queda sofrida pelo setor no ano passado, Fábio Mestriner, presidente da Abre, estima que isso só ocorra em 2006. "O mais importante neste momento é saber que voltamos a crescer." Outro indicativo de recuperação no setor são os empregos. No ano, a indústria de embalagem contratou 12 mil pessoas, totalizando 159.041 mil trabalhadores até setembro. "Prevemos que as contratações ainda cresçam 1% ao mês até dezembro", afirma Pellegrino.

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