Título: Bandido com os tubarões
Autor: Cipriani, Juliana; Souto, Isabella
Fonte: Correio Braziliense, 30/05/2010, Política, p. 6/7

Assaltantes, traficantes e assassinos terão de pensar duas vezes antes de continuar na criminalidade. Até porque, em uma ilha deserta, só sobrarão tubarões como vítimas de seus crimes. É o que defende o pré-candidato Levy Fidelix (PRTB). Para ele, as prisões de segurança máxima deveriam ficar em ilhas ou navios, onde os bandidos não pudessem falar com as famílias ou ter acesso ao celular. ¿Como eles não são recuperáveis, todo mundo sabe que chegou a esse nível, vão fazer companhia para os tubarões¿, filosofa. Fidelix também defende punições equivalentes ao mal cometido, com a reformulação do Código Penal. Para o Judiciário, o pré-candidato defende tratamento igual, com a possibilidade de prisão para os juízes. Já Zé Maria (PSTU) quer descriminalizar as drogas. Para ele o Estado deve assumir o controle e tratar da distribuição dos entorpecentes para os usuários até que estes possam parar com o vício. A ilegalidade, segundo diz, serve para aumentar o poder dos traficantes. Ele também quer desmilitarizar a política, colocando-a sob controle da população. ¿Autoridades da polícia e do Judiciário têm de ser escolhidas pela população¿, diz. Visitas íntimas, notícias de jornais e revistas e até tênis farão parte do passado de quem for condenado na gestão de Américo de Souza (PSL). ¿Bandido é bandido. Não é para ser recuperado, é para receber punição pelo mal que causou¿, justifica o candidato, para quem criminosos não devem ter qualquer ¿regalia¿. A política de combate à violência inclui alterações na legislação penal e processual penal, com o fim das infinitas possibilidades de recursos. Para ajudar na área, o Exército também sairá para as ruas. ¿Com o auxílio das Forças Armadas acabaremos em seis meses com a bandidagem¿, planeja. O investimento no social é a fórmula defendida por Oscar Filho (PHS) para reduzir os números da criminalidade no país. A ideia é um programa de bolsa de estudos para cursos profissionalizantes para jovens de 15 a 18 anos. Os estudantes receberiam o equivalente a um salário mínimo a título de microcrédito. (JC e IS)