Título: Investidor externo busca pequenas e médias empresas
Autor: Sergio Leo
Fonte: Valor Econômico, 30/03/2006, Brasil, p. A5
Enquanto a canadense Bombardier disputa o mercado internacional de aviões para companhias regionais com a Embraer, a Pratt & Whitney, também do Canadá, preferiu associar-se aos brasileiros do consórcio HTA, de São José dos Campos, para fabricar, no Brasil, componentes de suas turbinas aeronáuticas. O caso da internacionalização dos fabricantes de peças para avião é um dos exemplos de sucesso que Agência de Promoção de Exportações (Apex) vem usando para atrair pequenas e médias empresas brasileiras para o programa de atração de investidores estrangeiros, que começa a promover neste ano. "Nossos principais competidores serão Índia e China, que não têm tradição nem tecnologia", comenta o presidente da HTA, Urbano Cícero Fleury de Araújo. "Só com apoio de uma política oficial poderemos ocupar postos no mercado antes que esse pessoal se agigante", comenta. Levados pela Apex para as grandes feiras aeronáuticas nos últimos cinco anos (antes em busca de compradores, agora também de investidores), a HTA também tem se beneficiado dos acordos de compra de aeronaves do governo, que exigem contrapartidas dos vencedores. Foi assim que o consórcio, formado por 12 empresas do Vale do Paraíba, garantiu a venda de US$ 30 milhões, em peças, para a Casa, empresa espanhola do grupo fabricante do Airbus. "A competição pela atração de investidores cresce a cada dia, e queremos garantir um bom lugar para o Brasil nessa disputa", diz o presidente da Agência de Promoção de Exportações (Apex), Juan Quirós. Hoje, em São Paulo, ele promove seminário com cerca de 200 associações empresariais, para receber e incentivar projetos setoriais de busca de investimentos e acordos com investidores estrangeiros. "Selecionamos setores onde havia perspectiva de investimentos em tecnologia, nas pequenas e médias empresas", informa.