Título: Petrobras contesta críticos e nega defasagem de preços
Autor: Cláudia Schüffner
Fonte: Valor Econômico, 29/11/2004, Brasil, p. A-6

O diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, negou, na sexta-feira, que os preços da empresa estejam com defasagem em relação ao mercado internacional. Mais uma vez, Gabrielli enumerou os elementos considerados na formação de preços da estatal: tendência de preços, seu grau de impacto na economia brasileira e um conjunto de variáveis que envolve análise do preço do petróleo, dos derivados, comportamento dos competidores, dinâmica de taxa de câmbio e ritmo da produção interna, entre outros. "É preciso levar em conta os fenômenos sócio-políticos que afetam o comportamento da economia", disse. "Não é só olhar o que está acontecendo na bomba de gasolina no Golfo do México, para decidir preços", continuou. O executivo considerou "uma irresponsabilidade" cálculo da IdeaKraft, publicado no Valor de sexta-feira, que indica que ela pode ter deixado de ganhar R$ 4 bilhões no ano ao manter seus preços defasados em 2004. Já o consultor Maurício Martínez, da IdeaKraft, respondeu com um desafio: "Peço que o professor Gabrielli aponte qual a falha nos cálculos".