Título: Empresas ampliam produção e abrem milhares de vagas
Autor: Ivana Moreira
Fonte: Valor Econômico, 06/04/2006, Especial, p. A16

A expansão da produção de minério de ferro na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, é o maior projeto em andamento em Minas Gerais. Mas não é o único. Graças à aquecida demanda internacional pelo insumo, em diferentes pontos do chamado Quadrilátero Ferrífero, na região central do Estado, milhares de operários já trabalham ou serão contratados em breve em empreitadas para ampliar a produção. Todas as grandes mineradoras com operações em Minas iniciaram recentemente ou já anunciaram investimentos que terão início neste e no próximo ano para elevar os volumes na lavra. Em Congonhas do Campo, autoridades municipais celebram o anúncio de dois projetos da CSN, que controla a mina Casa de Pedra, localizada na cidade. A siderúrgica vai investir US$ 560 milhões para ampliar a extração das atuais 16 milhões de toneladas para 40 milhões de toneladas anuais. Parte da nova produção alimentará uma pelotizadora de minério de ferro que a CSN instalará também em Congonhas. Com capacidade para 3 milhões de toneladas por ano, a unidade exigirá US$ 216 milhões em investimentos. Em Itabirito e Nova Lima, a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) vai construir uma usina de concentração de minério de ferro e uma pelotizadora, um investimento de US$ 760 milhões. A unidade de concentração será instalada ao lado da Mina do Pico, em Itabirito., e terá capacidade para 10 milhões de toneladas/ano. Ao entrarem em operação, as duas unidades criarão 600 novos empregos. Com um programa para elevar a produção de pelotas de minério de ferro das atuais 14 milhões de toneladas para 21,6 milhões de toneladas anuais, a mineradora Samarco fará investimentos em Mariana para otimização da lavra na mina de Alegria, construção de uma nova usina de beneficiamento e um segundo mineroduto para levar o que é extraído em Minas até a unidade de pelotização em Ubu, no Espírito Santo. Na otimização da mineração, serão aplicados R$ 90 milhões. Na usina de beneficiamento, R$ 600 milhões. E, no mineroduto, R$ 750 milhões. (IM)