Título: Mercantil do Brasil busca contato com estrangeiros
Autor: Ricardo Balthazar
Fonte: Valor Econômico, 06/04/2006, Finanças, p. C2

O Mercantil do Brasil viu no fato da cidade sede do banco, Belo Horizonte, ser a mesma escolhida para a 47ª reunião anual do BID uma oportunidade única de relacionamento com banqueiros estrangeiros. Investiu R$ 1 milhão no evento, metade em patrocínio e outra parte na produção de eventos paralelos. E já começou a colher os frutos. Fechou parcerias com o português Finantia, o italiano San Paolo Imi e tem negociações avançadas com o alemão Dresdner. Com o Finantia, um banco de investimentos, o Mercantil acertou uma parceria para operações de cessão de crédito. Pelo menos um negócio foi concluído na sala montada pelo banco dentro do Expominas, centro de convenções onde ocorreu a reunião do BID. O Finantia fará o financiamento de exportação de US$ 500 mil, a um cliente do Mercantil. O banco português negocia ainda participação na nova emissão internacional que o Mercantil planeja fazer até o fim do semestre. O Dresdner também demonstrou interesse em participar da emissão e agendou conversas com o banco mineiro. No segmento de remessas para o exterior, nicho onde o Mercantil passou a apostar há cerca de um ano, um acordo foi firmado com o San Paolo Imi, com sede em Turim. O banco italiano está de olho nas remessas dos imigrantes brasileiros e terá o Mercantil como parceiro no país. Os últimos acertos da parceria serão definidos nos próximos dias. "Convidamos banqueiros estrangeiros para conhecer os acionistas, a sede do banco", contou o superintendente de negócios internacionais, Felipe Borlido. A área de negócios no exterior do Mercantil do Brasil ficou desativada por oito anos e só há dois foi reestruturada. As reuniões com representantes de bancos estrangeiros começaram a ser agendadas com seis meses de antecedência. Entre segunda e terça-feira, de acordo com o superintendente, o banco teve encontros com executivos de 25 instituições estrangeiras. Para 2006, a meta do banco é elevar em 26% as operações de crédito e iniciar novo ciclo de crescimento. Em 2005, quando a elevada volatilidade afetou especialmente os bancos médios, o lucro do Mercantil do Brasil caiu 53,2% em relação a 2004 e foi de R$ 17 milhões. (IM)