Título: Confiança em alta
Autor: Martins, Victor
Fonte: Correio Braziliense, 25/06/2010, Economia, p. 11

A indústria brasileira continua otimista, com destaque para o humor dos dirigentes de grandes empresas, apontou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em 66 pontos em junho, apenas 0,3 ponto abaixo do nível de maio. Ainda assim, o indicador ficou 6,8 pontos acima da média histórica. ¿Nas companhias de grande porte, o otimismo atingiu 67,1 pontos, maior que os 65,9 registrados nas de médio porte e dos 64,6 verificados nas pequenas indústrias¿, mostrou o estudo.

Segundo o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, as grandes empresas geralmente são mais otimistas porque, além de atenderem a mercados maiores, enfrentam menos dificuldades do que as médias e pequenas. ¿As grandes têm mais acesso a capital de giro¿, destacou em comunicado. A construção civil é a atividade com o maior índice de otimismo.

As expectativas dos empresários sobre o crescimento da economia nos próximos seis meses permanecem positivas, apesar da pequena queda vista em junho. O índice das expectativas caiu de 69,1 pontos em maio para 68,6. O Icei varia de zero a 100 ¿ valores acima de 50 indicam empresários confiantes. A pesquisa foi feita com 1.651 empresas, entre 31 de maio e 22 de junho.

BRASILEIRO OTIMISTA » O brasileiro é o cidadão que mais aumentou o otimismo em relação à economia de seu próprio país, segundo estudo realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos. Até o mês passado, 39% da população mundial consideravam a economia doméstica boa. No Brasil, esse percentual avançou cinco pontos entre abril e maio e chegou a 65%. Depois do Brasil, a Arábia Saudita, a Suécia e o México foram onde mais essa boa percepção melhorou. A economia com melhor desempenho foi a indiana, com 85%. De acordo com o Ipsos, algumas nações envolvidas na crise europeia tiveram as maiores quedas, como a Alemanha, que reduziu o percentual em sete pontos, para 37%; a Grã-Bretanha, com queda de cinco pontos (para 13%); e a Itália, com recuo de três pontos (para 14%). A China também aparece entre os maiores recuos (três pontos), atingindo 78%. O maior nível de otimismo global ocorreu em abril de 2007 (66%); o mais baixo (29%), em abril de 2009. (Gabriel Caprioli)