Título: Acordo com Israel melhora competitividade
Autor: Marta Watanabe
Fonte: Valor Econômico, 22/03/2010, Brasil, p. A9

De São Paulo

Oacordo de livre comércio entre Israel e o bloco do Mercado Comum do Sul(Mercosul) deve entrar em vigor em 4 de abri. Com o acordo, é aplicadoum cronograma de redução gradual de alíquotas para uma lista deprodutos determinados. O comércio entre os dois países deve teralíquotas reduzidas num período de até dez anos. A lista é diferenciadapara cada um dos integrantes do Mercosul. Segundo Jayme Blay, presidente da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria,a expectativa é que o acordo triplique a corrente de comércio entreBrasil e Israel em cinco anos. Ele não tem, porém, estimativa sobre aelevação de exportação do Brasil para Israel. Atualmente a balança comercial entre os dois países tem déficit para o Brasil. Noano passado o saldo foi negativo em US$ 380,89 milhões, dentro de umacorrente de comércio de US$ 921,9 milhões. Entre os itens maisimportantes que o Brasil compra de Israel estão produtos químicos,medicamentos, componentes elétricos e outros equipamentos. O Brasilvende para Israel predominantemente produtos agropecuários, comocarnes, soja e açúcar. Pelo acordo, alguns itens contarão com redução imediata no imposto deimportação cobrado por Israel. Segundo Blay, serão beneficiados dessaforma produtos das categorias de plásticos, borrachas, metal leve,produtos químicos, têxteis e mobiliários. Atualmente,diz Blay, União Europeia, Estados Unidos e China estão entre os maioresfornecedores de Israel. Para ele, o acordo dará ao Brasil maiorcompetitividade em relação à China para itens como plásticos e têxteis.Em relação à União Europeia, os móveis são itens que poderão ganharpapel mais importante nas exportações brasileiras. Do lado de Israel, acredita Blay, há grande oportunidade de contribuição eparceria em setores de tecnologia, como semicondutores, e demedicamentos. (MW)