Título: Mercadante gasta mais do que presidenciáveis
Autor: Agostine , Cristiane
Fonte: Valor Econômico, 04/08/2010, Política, p. A6
Lanterninha na disputa pelo governo de São Paulo, com 2% das intenções de voto, o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo Paulo Skaf (PSB) arrecadou R$ 3,49 milhões no primeiro mês de campanha. A receita é R$ 110 mil menor do que a da campanha presidencial de José Serra (PSDB), que recebeu R$ 3,6 milhões, de acordo com o primeiro balanço parcial registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A candidatura do PSB gastou R$ 1,8 milhão, entre viagens de Skaf e material publicitário para a campanha. O valor das receitas obtidas corresponde a quase 7% do que foi previsto como gasto máximo, de R$ 50 milhões.
As doações recebidas pelo empresário e ex-presidente da Fiesp equivalem a quatro vezes a receita da campanha do senador Aloizio Mercadante (R$ 840 mil) ao governo paulista. A candidatura petista, até o dia 02 de agosto, assumiu despesa de R$ 12 milhões, segundo a assessoria de Mercadante. O gasto é maior do que o registrado pela candidatura do PT à Presidência. O petista arrecadou 1,8% do teto para gastos com campanha registrado no TSE.
A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) recusou-se a informar o balanço parcial. O TSE deve divulgar os dados fornecidos pelos candidatos na sexta-feira.
Em terceiro lugar nas pesquisas de opinião de voto, atrás de Alckmin e Mercadante, o candidato do PP, Celso Russomano, recebeu R$ 140 mil. Representando o PV na disputa pelo governo paulista, Fabio Feldman declarou receita de R$ 300 mil. Segundo o tesoureiro da campanha do PV, Marco Antônio Mróz, a expectativa é de ter R$ 3 milhões em caixa até o fim deste mês. "Não tivemos tempo para arrecadar", comentou.
Na disputa pelo Senado, o candidato do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, recebeu pouco mais do que Mercadante: R$ 850 mil. Colega de chapa de Aloysio, Orestes Quércia, do PMDB, declarou ter recebido R$ 143 mil e gasto R$ 120 mil.