Título: Alíquota menor de IPI para material de construção será renovada por mais um ano
Autor: Villaverde, João
Fonte: Valor Econômico, 30/11/2010, Brasil, p. A3

O governo vai prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção por mais um ano, até o fim de dezembro de 2011, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a empresários do setor, durante almoço na sede na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"Vamos continuar viabilizando mais crédito e as desonerações", afirmou Mantega, confirmado no cargo pela presidente eleita Dilma Rousseff. "Vamos prorrogar a desoneração de IPI. Estamos preparando a medida, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2011. A prorrogação vale por mais um ano."

A medida beneficia os principais itens da construção civil, como cimento, tintas, argamassas, ladrilhos, revestimentos, vergalhões, fechaduras, dobradiças, chuveiros, grades de aço, pias, louças de banheiro, entre outros produtos. O setor vem sendo beneficiado com redução tributária desde junho de 2009.

Em abril do ano passado o governo decretou a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), com duração até o final deste ano, dentro das medidas adotadas para combater os efeitos da crise de 2008, que afetou a economia mundial.

No primeiro semestre deste ano, as vendas de material de construção cresceram 19,78% na comparação com o o mesmo período de 2009, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), que justificou os números pela desoneração do IPI e pelo crescimento da oferta de crédito imobiliário. O ministro da Fazenda reconheceu o papel da construção civil na geração de empregos e disse que, neste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve registrar um crescimento de 13%.

Durante o evento, o ministro reiterou que, no seu próximo mandato, seguirá estimulando o desenvolvimento econômico do país. "Só que será um desenvolvimento sustentável, que não gera desequilíbrios. Não podemos fazer como no passado, que era um desenvolvimento que gerava deficit público, tendência que você tem que sanar no futuro", disse ele. (Agências noticiosas)